Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem. A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho. Ao menos uma menina que, como ela, cresce e cria suas perguntas entre os objetos de uma “loja de velhos”. Ali elas já nascem antigas, frescas e pesadas, doce feito da mais dura poesia. Maria Carmem nasceu no fim. Sendo assim, do que interessa a idade? Como ela mesma diz, “é possível que um lápis pareça estar novo, mas todo quebrado por dentro”. É assim, toda quebrada por dentro, que ela desconstrói o mundo diante de si, o mundo adulto que cria regras e não as obedece, o mundo escolar, tudo: “na aula de matemática o problema dizia que um menino e uma menina precisavam calcular quantas laranjas levar ao parque se os convidados meninos comiam tantas e as meninas só mais tantas cada uma. E eu escrevi que não era pra levar nenhuma, que tudo é mentira, ninguém vai junto a parque nenhum nessa vida”. É também assim que ela junta e faz pergunta e faz poesia com tudo o que se ergue e desmorona, os pais, deus, o amor, o corpo, a morte, o difícil que é entender o amor dos outros. Quando crescer, Maria Carmem vai ser escritora. Mas Maria Carmem já cresceu e já é. Esse livro é uma generosidade de sua poesia. Uma oportunidade de a gente crescer com ela.
© 2020 Storyside (Audiolivros): 9789152109564
Data de lançamento
Audiolivros: 23 de outubro de 2020
Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem. A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho. Ao menos uma menina que, como ela, cresce e cria suas perguntas entre os objetos de uma “loja de velhos”. Ali elas já nascem antigas, frescas e pesadas, doce feito da mais dura poesia. Maria Carmem nasceu no fim. Sendo assim, do que interessa a idade? Como ela mesma diz, “é possível que um lápis pareça estar novo, mas todo quebrado por dentro”. É assim, toda quebrada por dentro, que ela desconstrói o mundo diante de si, o mundo adulto que cria regras e não as obedece, o mundo escolar, tudo: “na aula de matemática o problema dizia que um menino e uma menina precisavam calcular quantas laranjas levar ao parque se os convidados meninos comiam tantas e as meninas só mais tantas cada uma. E eu escrevi que não era pra levar nenhuma, que tudo é mentira, ninguém vai junto a parque nenhum nessa vida”. É também assim que ela junta e faz pergunta e faz poesia com tudo o que se ergue e desmorona, os pais, deus, o amor, o corpo, a morte, o difícil que é entender o amor dos outros. Quando crescer, Maria Carmem vai ser escritora. Mas Maria Carmem já cresceu e já é. Esse livro é uma generosidade de sua poesia. Uma oportunidade de a gente crescer com ela.
© 2020 Storyside (Audiolivros): 9789152109564
Data de lançamento
Audiolivros: 23 de outubro de 2020
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Classificação geral baseada em 331 avaliações
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Mostrando 10 de 331
Elyene
25 de out. de 2020
Sei nem descrever como apreciei toda essa leitura! Amei desde a escrita da autora às percepções sagazes e com olhos frescos de uma criança pré-adolescente. O livro, para mim, conversa muito com a nossa necessidade de ter controle sobre tudo e a frustração de perceber que, simplesmente, não é possível e, mais, como essa tentativa pode ter custos muito elevados. Também se destacou aos meus olhos a dinâmica difícil entre pais e filhos, evidenciando as influências de um membro sobre o outro e a importância de dar ouvidos às interpretações de cada um, que podem ser bem diferente diante da mesma situação. Ah, e toda a relação dela com o próprio tamanho e como ele parece ser incompatível com ser criança???? Enfim, amei demais, já tá favoritado e eu não mudaria uma linha!
Danielle
8 de abr. de 2021
Adoro a narração pela criança, bem gostoso e leve de ler
Téo Aquiles
1 de dez. de 2022
Acho que esse livro é muito aconchegante para todas as pessoas que foram sozinhas na infância. É doloroso, pq mesmo sabendo a realidade a gente fica torcendo pra Maria Carmen realizar todas as fantasias sociais dela, e que todos os sonhos lúcidos dela em relação a família se concretizem mesmo que não seja certo. Eu também fui uma criança solitária, com uma configuração de família diferente e que me gerava muito afastamento dos outros, é duro, e me doeu no peito ver a solidão e a ansia dessa criança por algo mais. É tão genial quanto dizem!
Keilane
19 de jan. de 2021
Diferente.
Hanna
1 de fev. de 2022
É um livro incrível, fala da visão de uma criança de 11 em relação a vida adulta. É bem engraçado rsrs
Katleen
8 de dez. de 2022
Engraçado, leve e profundo ao mesmo tempo.Amei muito 😍
ibo
20 de mai. de 2021
Muito bem escrito e narrado
Janaina
16 de jan. de 2022
Fofura de livro, ótima narradora
Aline
27 de jun. de 2024
Considero um bom livro para pré-adolescentes ou adolescentes que estejam passando por situações similares às da protagonista de 11 anos que vive uma crise de transição e tenda entender o complexo mundo dos adultos.
Cintia
8 de set. de 2022
Uma delícia de ouvir. Inocente e inteligente .
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